Quimeras
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 05 de Dezembro de 2025 ás 08h 14min
Quimeras, sonhos,
fagulhas bruxuleantes,
dançando baixinho
entre as folhas mortas,
tapete outonal.
Cores esmaecidas,
tons de ferrugem e ocre,
sob um céu de chumbo,
onde o sol se esconde,
tímido, distante.
O vento sussurra segredos,
canções antigas,
de promessas desfeitas,
de amores perdidos,
e esperanças adiadas.
Mas as quimeras persistem,
sonhos teimosos,
faíscas de luz,
que resistem à escuridão,
desafiando o tempo.
Um brilho tênue,
uma chama interior,
que reacende a cada instante,
alimentando a alma,
na vastidão do outono.
E mesmo entre as folhas secas,
no silêncio do crepúsculo,
a promessa de um novo amanhecer,
germina em cada quimera,
em cada sonho, em cada fagulha.