Quilombo Urbano
Quando penso na mãe África,
Sinto saudade de algo que não vivi
As lembranças dos antepassados
O imigrante africano forçado
O sofrimento que não senti
Fico imaginando a luta pela liberdade
A corrente, que não prendeu meu pulso
O tratamento sem humanidade
O cerceamento da identidade
O choro derramado por impulso
A dor de lamentos no tronco de sangue
Troféus humanos que ostentaram
Carne, navalha e chicotadas
Lágrimas em vão derramadas
De feridas que não cicatrizaram
Passado, presente e um futuro
Quilombos urbanos da esperança
Podemos conquistar o mundo
Com objetivo, sem pano de fundo
Norteados no sofrer, de uma lembrança.
ADAILTON LIMA
Comentários
Nostálgica, porém belíssima poesia! Há uma dívida da nação brasileira com as suas raízes, seus ancestrais que encheram o Brasil de glória!
Lorde Égamo | 17/12/2024 ás 11:05 Responder Comentários