QUANDO SE DESCOBRE A POESIA

Descobri! Achei! Encontrei! É um grito de entusiasmo, de encanto, de alegria, de contentamento, de êxtase, quando nos deparamos com algo ou com aquilo que tanto almejávamos, esperávamos. ansiávamos. Nos deslumbramos quando descobrimos algo.

Descobri a poesia! É o grito de alegria, de deslumbramento que emana dessa poetisa que surge para o público através de sua primeira obra.

Graziela Lazario, a Grazi para os amigos e agora para seus leitores e leitoras, com sua obra poética, reforça o entendimento de que a poesia existe em cada um de nós e que só precisa ser descoberta. E a Grazi, a descobriu e a manifestou para todos. Com o êxtase da descoberta, Grazi nos aponta atributos da poesia, tais como: liberta, faz feliz, alerta, cura, enaltece, acalma, faz pensar, faz viver, alenta, é fonte de juventude, anima – “poesia é uma maneira de viver” e, por meio dela, “posso [...] expor meus sentimentos”, diz a poetisa.

E de fato, nessa obra, Grazi, desnuda poeticamente seus sentimentos a todos nós. Seus sentimentos sobre a família, recordações, memórias, seus sentimentos sobre o amor; e quando fala de amor, nos diz que “o que nos cabe é apenas viver”, seus sentimentos sobre os amigos, sobre seus maiores amores: os filhos, sobre medos, tristezas, sobre a fé em Deus... dentre outros sentimentos expressos por meio de suas palavras poéticas.   

Grazi faz poesia do cotidiano de sua vida. Transforma ações e atitudes aparentemente minúsculas e simples, em narrativas gigantes repletas de significados pela força com que diz a sua palavra, a sua poesia. Um dos exemplos lindos do que acabo de dizer é o poema “A Correntinha”.  E o que dizer sobre “a transformação”, “a caixa”, “o álbum e o tempo”, dentre outras?  Que riqueza de reflexões, de provocações profundas sobre o nosso viver e de como vivemos!

“Descobri na poesia um jeito simples de escrever”, diz a poetisa. Eu acrescento que descobriu também um jeito simples de dizer verdades, de nos abrir os olhos para entendermos que viver com simplicidade, coerência, honestidade, dando sentido aos acontecimentos cotidianos, é a base da felicidade, afinal precisamos passar com significado por esta existência pois, “conforme o tempo vai passando vamos nos debilitando, vamos nos transformando em um retrato, o retrato no álbum de alguém, em alguma gaveta, esquecido com papéis velhos e em meio a poeira, até não restar mais nada”.

            Então caros leitores e leitoras, vamos navegar por esse oceano de significados e juntos com Grazi, descobrir a poesia? O convite está feito.

                                                   Prof. Dr. Josivaldo Constantino dos Santos (escritor e poeta)

                                                   Universidade do Estado de Mato Grosso -  UNEMAT

                                                   Faculdade de Ciências Humanas e Linguagem – FACHLIN

                                                   Campus Universitário de Sinop

                                                                                                                   Janeiro de 2022