Quando o Coração Sangra e Ninguém Vê

Poemas | 2024/8 Antologia Vozes Literárias | Isolti Cossetin
Publicado em 04 de Agosto de 2024 ás 09h 53min

 

Quando o coração sangra e ninguém vê,
As lágrimas se escondem na escuridão,
A dor se camufla em sorrisos de clichê,
E a alma se perde na solidão.
É um grito silencioso, sem eco,
Uma sombra que passa despercebida,
Nos olhares apressados, um véu discreto,
Escondendo a angústia, a ferida.
Cada batida do coração é um lamento,
Um sussurro de dor que não se cala,
Mas o mundo segue, alheio ao tormento,
E o coração, em silêncio, nada fala.
As noites são longas, difíceis para mim,
Pensamentos se tornam tempestades,
O vazio invade, um frio sem fim,
E a esperança não faz parte da realidade.
Quando o coração sangra e ninguém vê,
A vida parece um palco vazio,
Onde a dor é a única atriz que crê,
Em um futuro livre de desvario.
Os sorrisos forçados, os risos falsos,
São máscaras que o mundo não questiona,
O coração é um campo de destroços,
Onde a dor silenciosa, impera e aprisiona.
Cada amanhecer é uma nova batalha,
Para esconder a tristeza, o desgosto,
Mas o coração, que sangra, falha,
Carrega a dor gravada no rosto.
Em meio à escuridão, há uma faísca,
Um desejo de cura, de renascer,
Mesmo quando o coração em dor trisca,
Há sempre um caminho para se percorrer.
E um dia, quando a luz finalmente brilhar,
E alguém ver além do véu e da fachada,
O coração que sangra poderá encontrar
Consolo, amor e uma nova morada.

 

 

Comentários

'

Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.