Quando escrevo,
singro mares, tranquilos ou revoltos.
Salvo donzelas
em castelos ou favelas.
Beijo ardentemente.
Amo voluptuosamente.
Choro copiosamente.
Visito a lua constantemente.
Deixo a chuva molhar-me despretensiosamente.
Quando escrevo,
ainda que sem jeito,
o mundo torna-se perfeito,
pois, de sonhos, sou feito.
Quando escrevo,
o papel é meu amigo,
as palavras, aliadas
a poesia, meu abrigo.
Quando escrevo,
há miséria, mas há esperança;
há mazelas, mas há generosidade.
Há experiência e inocência.
Há esquecimento e lembrança.
Há pranto.
Há dor.
Há encanto.
Quando escrevo,
tudo é perfeito!
Pois, de sonhos, sou feito!
Desde o alvorecer
até quando me deito.
Quando escrevo,
sinto o vento balançar meus cabelos
e o calor do sol queimar meu peito.
Pois quando escrevo,
o mundo é perfeito!
Sinto o abraço apertado
às vezes, meio sem jeito,
pelo acaso do inesperado.
Quando escrevo,
não há defeito,
tampouco preconceito.
O papel é meu amigo.
O escuro, meu abrigo.
A dizer, eu me atrevo,
o mundo é perfeito
somente quando escrevo.
Comentários
Belo poema! Quando se escreve com a alma e o coração, acontece o que seu poema retrata. Parabéns!
Enoque Gabriel | 26/05/2022 ás 07:57 Responder ComentáriosQuando escrevo... Maravilhoso.. Palmas
Eidi Martins | 26/05/2022 ás 08:01 Responder ComentáriosQue poesia magnífica. Pois quando a gente escreve criamos o nosso refúgio o nosso mundo e pintamos da forma que queremos
Marlete | 26/05/2022 ás 08:19 Responder ComentáriosQuando você escreve se completa e nós nos deleitamos com sua magnífica poesia, parabéns poeta!
Edbento | 26/05/2022 ás 08:21 Responder ComentáriosPura verdade. Quando escrevemos com a alma é diferente. Parabéns. Lindo poema.
Lia Reis | 26/05/2022 ás 11:39 Responder Comentários