Qualquer VIOLETA AZUL

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 19 de Abril de 2023 ás 14h 10min

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Quantas luas.

 

Quantas luas, tem o teu olhar?
Eu passei por várias delas.
Nos caminhos, que vão pro mar.
Eram os cantos de aramelas!

 

Aramelas, é o canto da lua!
Que canta em algum lugar.
Bem longe… toda nua!
Maliciosa a sonhar. 

 

Ó lua bela no céu!
Que vaga no meu olhar
Encontrarás pelos caminhos.
Um sonho afogado no mar.

 

Pois nos cantos de aramelas 
Uma triste solidão. 
Soneta cada verso.
Desenhado em minha mão. 

 

 


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A lua 

 

A lua canta no céu. 
Um sussurro, nas ondas do mar.
Em sonhos, nos olhos de mel.
Que espia o luar.

 

E a lua canta!
Na imensidão do mar.
Chamando, um infânto. 
Perdido em um olhar.

 

A lua canta no céu!
No esplendor da imensidão. 
Ouve- se, um sussurro!
Bem longe na vastidão. 

 

Eu ouço  no esplendor.
O cantar, da linda lua. 
É lindo, o teu cantar. 
Nesta noite toda nua.

 

Toda nua no céu. 
Vai passeando contente,
Esparramando poemas.
Como se fosse semente.

 

De lá, vejo as estrelas. 
No canto deste belo luar.
Que vaga na solidão da noite.
Em busca do meu olhar.

 

Toda lua tem direito, à um sonho!
Digo isto, porque sou um luar!
Que passeia entre constelações. 
Na galáxia do teu olhar.

 

 

 


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Dos caminhos

Dos caminhos livres e desertos.
Eu vejo o teu olhar. 
Que recita, em versos,
O canto, do lindo luar.

 

E foi nestes caminhos desertos.
Que eu tive um amor.
Um amor tão intenso. 
Num encanto de sonhador.

 

É por isto que eu digo.
Há um caminho além do luar.
Iluminado pelos olhos de Deus.
Que me leva a sonhar.

 

 

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Um dia depois das flores.

 

Um dia, depois das flores,
Todos viram, como eu vejo.
Tão transparente e nítida ,
Cheio do próprio desejo!

 

E todos caíram ao teus pés. 
Dizendo- te ó doce amor!
Cheias de beijos encantados.
No teu êxtase, há mais furor.

 

Só que um dia!
Um dia, depois das flores.
Onde transparece varandas,
Há de nascer o nosso amor.

 

 

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Adeus marinheiro.

 

Adeus, marinheiro!
Por ti, vi passar o vento!
Que tem o perfume, do amanhecer. 

 

Adeus! Digo eu entre as flores!
No sol que ilumina!
Teus lindos olhos cor do mar.

 

Que me confundes!
Se são teus olhos ou o mar!
Adeus digo, entre beijos.

 

Pois, de ti, só restará o vento. 
O vento que vem trazer 
Notícias de ti!
O vento, que um dia mentiu para mim.

 

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Beija flor.

 

Alguma notícia do jardim?
Notícia dos pássaros,
Que tinha pena de mim!
Que em mim, fez o teu ninho.

 

Trazes notícias de mim!
Pois eu me- perdi!
Nas flores do teu jardim!
Trazes notícias daí!

 

 Aí beija-flor, que mora no meu jardim.
Trazem notícias aos ventos.
Trazes  notícias de mim!
Das flores perdidas em pensamentos.

 

Pois elas, são quem sabem!
Notícia de mim!
Noticias de um pensamentos entre sonhos.
Noticias dos gabirus do sertão. 
Aí beija-flor, manda-me notícias de mim!

 

 


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Eles são?


  
Eles são dois menininhos!
Sentadinhos no alto dos céus.
Guardiões, das letras perdidas.
Bordadas em um papel.

 

Eles são dois anjinhos!
Sentadinhos, sobre o luar.
Desenhando estrelas cadentes,
Caindo sobre um olhar.

 

Meus menininhos dantescos!
Que bordam palavras no céu. 
Coisas da alma, sem sentidos.
Pensamentos desenhados num papel. 

 

 

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Desertos.

 

Deixaram- me na solidão. 
Neste deserto de vidas.
Que transparece, a minha alma.
Num deserto de ilusão. 

 

Eu digo: deixaram-me só!
Nesta eterna solidão. 
Neste exército de vida.
Num sonho, numa canção. 

 

É estes sonhos de vidas.
Que transparece fantasma 
Vai subindo como fumaça. 
De um corpo, que abandona a alma!

 

 


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Lá no alvorecer.

 

Lá onde mora o alvorecer.
Lá onde mora o meu olhar!
Eu vejo transparecer.
À bela luz do luar.

 

São mil esquinas, inominadas
Cheias do rubro do luar.
Enfeitiçando os namorados,
Que namoram aquele olhar.

 

É lá na esquina do alvorecer!
Que nascem o rubro de um olhar
Que passeiam pelas colinas 
Trazendo o afogueado do luar.

 

 

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Caminhos das tardes tristes. 

 

Caminhos, que vêm vindo!
Pelos rumos do sertão. 
Que passa breve, sobre as flores,
Onde mora a solidão!

 

Lá mora as tardes tristes!
Tardes, cansadas, debruçadas, sobre o infinito 
Que carregam na alma,
Quimeras, sonhos líricos tão bonitos. 

 

Aí caminhos sem destinos,
Que passa breve, sobre o sertão!
Levarás um menino,
Um infânto, da solidão. 

 

Que mora tão distante,
Em um jardim, suspenso no ar.
Caminhos, sem destinos!
Que o -leva a sonhar.

 

Com este tempo, de flores encantadas.
Que banham este caminho, de solidão.
Perdido na alvorada.
Sobre este céu, cheio de solidão. 

 

 

 


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Ao amanhecer. 


Dos sonhos esquecidos,
Eu vejo à beira mar!
Os meus sonhos perdidos!
No ciclo de um olhar.

 

São luzes do amanhecer!
Que iluminam o esplendor. 
São sonhos que nascem!
No fluxo do alvorecer. 

 

São poetas distantes!
Trovadores do luar.
Que atravessam à noite!
No esplendor do meu olhar.

 

 

 

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Consolo


Não venha me- consolar,
No dia da minha dor!
Pois será muito grande!
Mais que o meu amor!

 

Não me- trazes flores,
Pois o teu jardim!
Esboça de secura!
Com tuas flores pelo chão. 

 

O consolo da minha alma,
É sentir, a voz de Deus 
Me chamando de mansinho. 

 


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A varanda no alto da noite.

 

A festa, foi no alto da varanda!
Tinha duques, e marquês!
Que dançavam na sombra,
Dos olhos da lua,
Que chorava no céu. 

 

Havia príncipes, naquela noite!
Que dançavam, no alto da varanda. 
Enquanto a lua chorava no céu. 

 

As estrelas por sua vez,
Consolava as lágrimas da lua,
Que gelada como a morte,
Caía, no meu coração. 

 

E no alto da varanda!
Agora é uma triste solidão. 
Não há festa, nem magia,
Não há sonhos, nem canção. 
Tudo é solidão, no alto da varanda!
Tudo é uma triste  lamentação no choro do céu!

 

 

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Saudades

 

Saudades, da minha campinas,
Que ficava á beira mar!
Onde havia, entre as colinas 
Flores, para se- admirar!

 

Lá talvez um dia chores,
De saudades, quase em choro profundo, 
À lua de diamante,
Que sonha, no fim do mundo. 

 

Lá pelas colinas, 
Quase perto do mar,
Há um choro de saudades,
Um rio de lágrimas, de um olhar.

 

 

 

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Um sonho.

 

Ela vinha na brisa do vento,
Mas era tão tarde, e tão negra,
À noite que nem as estrelas,
Sabiam que viria.

 

Mas ela veio, na brisa da solidão. 
O vento, era o jazigo, dos meus pensamentos. 
Que aprisionava, aquela triste imensidão. 
Mas ela vinha, no silêncio do vento.

 

Vinha tão tarde, e tão negra!
Que parecia mais um sonho,
Nos caminhos da minha alma. 

 

Talvez viesse encontrar um sonho,
Perdido entre pensamentos. 
Que entardecia, pela tua chegada. 
Na noite negra, de vento frio e brando. 

 

Mas, quem era ela?
Vinha tão silenciosa, tão de grande afã!
No vento frio da noite negra,
E silenciosa , nos meus olhos,
Onde dormia as estrelas!
Quem era ela? Um anjo? Ou uma alma penada?

 

 

 


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Beija- flor.

 

Escondido entre as flores
Há perdido um Beija-flor 
Que Beija ,pétala por pétala. 
Espirrando o teu amor.

 

O orvalho perfumado.
Molha o rosto do céu 
Que esparrama flores bonitas
Como numa pintura num papel. 

 

Longe, nos horizontes, 
Numa noite tão estranha 
Há pétalas perfumadas 
Esparramada pela montanha. 

 

Onde mora meu beija-flor. 
Sobre a vigília do luar.
Dorme o teu sono profundo
Nos sonhos do meu olhar.

Rosilene Rodrigues Neves de Meneses. 

 

 


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Borboleta 

 

Minha pequena borboleta
Sobre uma flor de papel 
Esparrama o teu perfume 
Sobre o clarim do céu. 

 

Longe há milhões de borboletas 
Em vôos eternos pela quimeras 
Vai festejando sonhos 
Sobre o alvoroço da primavera .

 

Minha borboleta de papel 
Vai desenhando sobre o luar
Uma insônia eternal 
 Perdida em algum lugar.

 

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Ao luar.

 

Ò luar de outono
Que inspira sonhos
Sobre o mundo.

 

Eu te sinto!
Eu te- vejo!
De um sonho tão distante. 

 

Bordado, sobre a noite,
Debruçada, sobre a infância. 


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Silêncio. 

 

Há paz sobre a montanha,
Nesta noite encantada. 
De sonhos, antigos e profundos.

 

Um silêncio,cheio de encantos.
Onde perpétua a alma,
Que descansa em paz.

 

Silencio, lentidão, paz,
Amor!
Sobre os mundos!.


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Silêncio. 

 

Há paz sobre a montanha,
Nesta noite encantada. 
De sonhos, antigos e profundos.

 

Um silêncio,cheio de encantos.
Onde perpétua a alma,
Que descansa em paz.

 

Silencio, lentidão, paz,
Amor!
Sobre os mundos!.


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Neve.

 

Amanhã vai neva!
Vai descer sobre os montes,
Uma névoa tão serena,
Sobre os grandes, e silenciosos,
Orfanatos, 
Com tuas músicas melancólicas,
Esboçadas pelos ventos.

 

Crianças abandonas virão 
Em sonhos, borbotar
Sobre este branco enluarado
Esboçado sobre o chão. 

 

Vai neva amanhã,
Sobre a relva, que respinga
Sonhos, líricos no inverno.
Na minha alma, que chora,
Em silencio. 

 


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Jasmim.

 

A chuva cai devagar,
Sobre as pétalas de jasmim,
Pingo, por pingo, vai desenhando.
Um sonho só para mim.

 

Anjos dos céus vem descendo,
Sobre o ritmo da canção, 
Em cerimônia celestial.
Cobrindo as pétalas pelo chão. 

 

Que exalam o teu perfume, 
Sobre as colinas da primavera, 
Vai respingando pingos por pingos, 
Sobre os sonhos da quimera.


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Ele dorme na seda das rosas.

 

Não acorda, o menino!
Que dorme tranquilamente. 
Sobre as sedas das rosas.
No colo da brisa contente.

 

Nunca, acorda este menino!
Que dorme ao luar!
Dorme tão feliz!
O riso do teu olhar!

 

Meu menino contente!
Que dorme sobre o céu.
Dorme eternamente.
Num sonho de cordel.


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A lua

 

Numa noite encantada.
Dormem os sonhos ao luar.
Dorme, o moço mais bonito.
Sobre à noite espetacular. 

 

Longe cai pingos de sonhos,
Sobre os ombros, da noite medonha.
Num nevoeiro sinistro. 
Penumbra a lua tão estranha.

 

Que sonha, coisas da alma.
Num sonho tão irreal.
Cai, da noite um nevoeiro. 
Do rosto mais imortal.

 

Que chora em silêncio!
Numa noite espetacular!
Vai celebrando estrelas.
À cair no meu olhar!


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Rosi Neves

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