Punho Erguido, Coração Em Chamas
Poemas | Carlos Roberto RibeiroPublicado em 23 de Setembro de 2024 ás 15h 44min
Levanto a cabeça, ergo o olhar,
Cerro o punho e estendo o braço.
Minha luta é a de todos os dias,
Contra o tempo, contra o medo,
Contra as correntes invisíveis
Que aprisionam sonhos e vozes.
Minha história não se escreve em linhas fáceis,
Não se apaga ao vento das injustiças.
Eu sou a força dos que vieram antes,
Sou a memória viva, sou resistência.
No peito, carrego um coração feito de fogo,
Que não se apaga, que não se cansa.
Nas ruas, nas casas, nos becos,
Nas palavras que ecoam pelos cantos esquecidos,
Minha luta encontra força,
Entrelaça mãos e esperanças.
Somos muitos, somos legiões
De vozes que clamam, de vidas que florescem,
Mesmo no solo mais seco.
Levanto a cabeça, porque abaixo dela só a terra me espera.
Ergo o olhar, porque o horizonte me pertence.
Cerro o punho, porque a justiça tem pressa.
Estendo o braço, porque minha luta não é só minha:
É de todos os que, como eu,
Ainda acreditam que o mundo
Pode ser diferente,
E que o futuro
É construído a cada gesto,
A cada grito,
A cada sonho
Que se recusa a morrer.