Estava tudo bem até ela se deparar com o tal “príncipe encantado”...

Ela foi uma daquelas que leu romance demais, que acreditou que sua realização estava em ter encontrado um cavalheiro; romântico; fiel, enfim... o cara cheio de “amor” para dar.

Bastou alguns anos para seus olhos abrirem. Ou melhor, fecharem!

Sim, porque eram lágrimas pós outras; e estava tudo bem, afinal, “homem é tudo igual”, já dizia quem nunca soube o que era amor de verdade.

Ela seguiu, pois formou uma família.

Mas quanto mais o tempo passava, mais dor ela sentia.

-Afinal, o que há de errado em mim?

Dizia ela!

Até que uma voz em seu subconsciente a indagou:

- Até quando quer permanecer onde está?

Ela não soube responder, mas percebeu que ali não era um bom lugar.

- E pra onde irei? Disse ela!

- Vá onde há paz! Continuou a voz.

E ela percebeu que a paz estava bem ali, lado a lado... há um passo; uma decisão!

Então fez suas malas e pôs dentro tudo o que julgava importante, exceto, o “príncipe”...

Sim, pois não era mais necessário, aliás, nem de verdade ele era.

Sua bagagem agora estava leve, suas lágrimas secaram e seguiu sorrindo como alguém que acabara de encontrar um amor, assim como no começo.