PREGOS E MARTELOS
Desde muito e antigamente
Pregos e martelos iminentes
Travam grandes arrostes
Uma briga sem precedentes
Onde embatem aos choques
Ferem-se sem dó, irreverentes
Aguentando todos os golpes
Até um vencer imponente
Afundando o outro até a morte!
Às vezes um com pouca sorte
Ao meio se quebra de repente
Ou inteiro verga-se aos açoites
Mesmo assim responde valente
Bate, enquanto tu não embotes
Fui feito para suportar o batente
Nunca me curvarei a um velhote
Nem àquela tal lei do mais forte
Aqui é olho por olho e dente por dente!
No entanto, nunca foram modelos
Nem serviram para boas reflexões
Nenhum dos dois prezara os zelos
Não significando nenhuma ligação
O prego não sabe dar conselhos
Apanha sem poder pedir perdão
O martelo pode ferir até os dedos
E isso nunca fez parte de uma boa ação!
Já foram tão úteis na construção
E pregação hoje é feito de igreja
Até hoje não mantêm boa relação
Prego considera-se um problema
Quando se destaca leva bofetão
Martelo sem prego só se lamenta
Pois, neste sistema de correlação
Sozinho não completa a missão!
Edbento!