Às vezes eu prefiro a música, minha confidente fiel,
Ela ouve meu silêncio, entende sem um papel.
Nas notas e melodias, um diálogo sem palavras,
Traduz os meus dias, em alegrias e mágoas.
Ela capta cada suspiro, cada pensamento oculto,
Nas cordas de um violino, no piano, no tumulto.
É como se em cada acorde, ela soubesse o que sinto,
Transformando em harmonia, o que em mim é labirinto.
Não preciso de palavras, nem de grandes explicações,
A música me envolve, acalenta minhas emoções.
Ela dança com meus medos, abraça as minhas dores,
Transforma em melodia, os meus silenciosos clamores.
Em cada compasso, uma resposta ao meu sentir,
Nas escalas e ritmos, um modo de me exprimir.
Ela é meu refúgio, meu íntimo conselheiro,
No mundo da música, eu me encontro por inteiro.
Por isso, às vezes, prefiro a música, minha voz interior,
Ela compreende o inexprimível, dá cor ao meu amor.
Nesse universo sonoro, onde tudo é compreendido,
A música é meu diálogo, onde nada fica escondido.