Portas Fechadas 

Poemas | Victor Rodrigues
Publicado em 03 de Julho de 2022 ás 12h 23min

Portas Fechadas 


 

Jorra as lágrimas dessa tristeza, 

Dela não se detém a avareza 

Essa dor em gritos ponho para fora 

 

Se me machuca o espinho, a Roseira

A falta do pão me explora 

é meu chorar que transborda ! 

 

Se nem do Sol escapa essa minha viseira 

O meu sonho em ribanceira…

O grito de dor é de revolta 

 

Quando a lei não te protege e não te escolta 

Sua dignidade é perfurada por britadeira 

Sem identidade ninguém te faz  memória 

 

Os homens de Fé falam:  - Ora 

Nada de prática,  é só retórica! 

No seu altar confortável  saem só besteira! 

 

O tempo passa, não escapa essa pobreza 

Não se abre nenhuma porta 

Por um arroz, feijão, assim um trabalho tão precário

 

E de escravidão uberizaram o trabalho

E eu aqui sem nenhum salário

nessa autonomia indigente, sou só um desempregado e quem se importa? 




 

Comentários

Muito bom, poeta!! ...quem se importa se passo fome, se tenho febre de bicho- homem? Quem se importa se lá fora Deus me acompanha?

Vera Mascarenhas | 03/07/2022 ás 14:13 Responder Comentários

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