Portas Fechadas
Jorra as lágrimas dessa tristeza,
Dela não se detém a avareza
Essa dor em gritos ponho para fora
Se me machuca o espinho, a Roseira
A falta do pão me explora
é meu chorar que transborda !
Se nem do Sol escapa essa minha viseira
O meu sonho em ribanceira…
O grito de dor é de revolta
Quando a lei não te protege e não te escolta
Sua dignidade é perfurada por britadeira
Sem identidade ninguém te faz memória
Os homens de Fé falam: - Ora
Nada de prática, é só retórica!
No seu altar confortável saem só besteira!
O tempo passa, não escapa essa pobreza
Não se abre nenhuma porta
Por um arroz, feijão, assim um trabalho tão precário
E de escravidão uberizaram o trabalho
E eu aqui sem nenhum salário
nessa autonomia indigente, sou só um desempregado e quem se importa?
Comentários
Muito bom, poeta!! ...quem se importa se passo fome, se tenho febre de bicho- homem? Quem se importa se lá fora Deus me acompanha?
Vera Mascarenhas | 03/07/2022 ás 14:13 Responder Comentários