Por vezes
Por vezes
A brisa suavemente meu ouvido
sopra
Fingindo que esvai, permanece e
volta
Às vezes, é breve, rápida e dá uma
reviravolta
Não se encontrando para, fica e se
acomoda
Como os ventos líricos, inebriantes
da aurora!
Por vezes
A vida engoda apregoa algumas
peças
Da vontade de abandonar o meu
barco
Na tempestade que chega com
forças
Nestas águas turbulentas eu me
encharco
Remar ou nadar já não faz mais
diferenças!
Por vezes
Tenho que ir removendo toda a
lama
Da cabeça aos pés, inclusive dos
sapatos
Rejuvenescendo o corpo e exortando
a alma
Revendo e corrigindo todos meus
atos
Para trilhar os ciclos ácidos com muita
calma!
Por vezes
Não é correndo que subo as escadas
da vida
No entanto, às vezes eu até preciso
parar
Descansar para conseguir retomar as
descidas
E mesmo que pareça muito difícil de
respirar
Vou prevenindo lanhos, tropeços e as
caídas!
Por vezes
É preciso contemplar todas as
belezas
Sejam elas simples, notadamente
pequenas
Indiferentemente de serem elas
perfeitas
Pois, as nuances do amar é viver com
as certezas
Para ocasionalmente poder voar com
levezas!
Por vezes tomo um banho frugal
de raios do sol
Eu me enxugo na brisa do mar
Assim neste rol
Percebo a importância de amar!
Edbento!