POR UM FIO
Em tempos de telas, o livro se cala,
A voz que ensina se perde no ar,
O quadro branco já não mais embala
As mentes dispersas que não querem sonhar.
Desinteresse é o eco que invade a sala,
Indisciplina é rotina, é o novo normal.
Onde está a vontade de aprender?
Sumiu, se escondeu no caos digital.
Cansaço na alma, esperança partida,
Apoio se esvai, o respeito também,
Professores doentes, sem força, sem ânimo,
Buscam em vão uma razão para ensinar.
Quem cuida do mestre, que tanto se doa,
Que molda futuros, mas que já é alguém quase invisível?
A escola, um campo onde batalhas ecoam,
E a educação clama, pedindo socorro.
Onde foi parar o valor do ensino,
O desejo de crescer, de descobrir?
Resta o lamento dos professores,
Que já não sabem por onde seguir.
É urgente novas medidas buscar!
Precisamos a verdadeira educação resgatar.
Não é possível o humano substituir,
O toque, o olhar, a vontade de agir.
A resistência do professor está por um fio
A insatisfação e o desgaste é geral.
O peso é imenso, o apoio é vazio,
Mas ainda persiste um amor colossal.
Que a sala de aula volte a ser inspiração,
E não um campo de pura exaustão.
Respeito, apoio e saber partilhar,
Só assim poderemos o futuro transformar.
Comentários
O eu lírico escancara a realidade contemporânea da "educação"! Você sempre nos surpreendendo com talento imensurável, Isolti.
Francis Moraes | 08/10/2024 ás 13:22 Responder Comentários