Poetas e seus poemas

Postos à prova, 

Entre sentimentos, sensações, conotações,  

criatividade ou falta dela.

Poetas, por vezes, pobres perdidos,

no turbilhão das emoções das letras,

que não cabem nem dentro do peito, nem no papel.

Poeta-sujeito,

desprecavido de verdades,

demasiado aguçado das ideias.

Insensível de menos,

efusivo e intenso demais,

a buscar palavras, rimas, versos.

...a tentar tocar os adjetivos e substantivos com as mãos.

Aluno Universal, eternizado nas letras, pelas letras;

nos livros lidos, relidos , escritos e reescritos,

nos longos anos literários de paixão avassaladora, arrebatadora,

bem ou mal vividos.

Sujeito-poeta,

Que se sujeita a escutar as vozes e os ecos das vozes da alma,

matuta, matreira,

ingênua, inocente, incoerente, 

sedutora, faceira,

incansável, imutável e mutante.

Sujeito-poeta,

Sujeito-gente, como agente,

Que pinta as letras de cores vibrantes, reluzentes

e até mesmo obscuras, intrigantes,

cheias de entrelinhas, de dizeres calados e gritantes,

de amores e de amantes,

de viver e de morrer,

de sofrer,

mas sobretudo de sentir.

Sentir com o sentimento mais profundo e intenso,

como um mergulho subconsciente desse sujeito-gente:

Poeta, com todas as suas reticências e interrogações, exclamações e é claro LETRAS.

                                                  Darcília Lebron, março de 2024