Sim, minha vida é uma verdadeira poesia — mas, como toda poesia intensa, não se limita ao romantismo ou à leveza. Há versos que florescem suaves, quase sussurrados, enquanto outros são ásperos, forjados na fricção entre o desejo e a realidade. Carrego estrofes de ternura, mas também de exaustão; rimas de esperança entrelaçadas a silêncios que doem mais do que qualquer palavra não dita.
Minha existência não é um poema idealizado: é uma epopeia vivida na pele, marcada por cicatrizes que são tanto feridas quanto medalhas. Sou feito de travessias e abismos, de batalhas silenciosas e vitórias invisíveis. Em mim há a beleza dos instantes frágeis e a força dos dias em que tudo parece ruir, mas não rui.
Não sou só metáfora, nem apenas carne — sou o entrelaçamento de ambos: verbo, ausência, presença. Minha poesia é viva, imperfeita, real — e por isso mesmo, eterna.