PENSO, REFLITO, LOGO EXISTO!
Quem sou eu na multidão?
Um ponto, um traço
Preenchendo espaço
Uma mancha viva compacta
Na cara escancarada
Da cólera covarde
De uma sociedade!
Calejada!
Será que quero ali estar?
Ou foi-me imposta
Condição, proposta
Para não ter poder de escapar
Da jactância e ameaça
Prender, na verdade
Chamam liberdade
Vigiada!
A volubilidade me vem a calhar
No servir
Oferecer
Convir!
Viver é não ter nada para provar
E sim
Existir!
Edbento!