No pé do tempo finquei meu sonho,
nos braços da noite deixei meu olhar,
no dente da esperança mordi meus medos,
e nas costas do vento fui repousar.
Vesti o céu com capa de estrelas,
beijei o rosto da manhã que nasceu,
empunhei o braço da coragem,
e naveguei nos ombros de Deus.
Na boca da estrada, plantei saudade,
nos olhos da chuva, derramei canções,
e na língua do rio, lavei lembranças,
tecendo futuro nas minhas mãos.