Pardalzinho
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 19 de Dezembro de 2025 ás 12h 16min
Pardalzinho triste, pequena pena caída,
Em galhos secos, onde a vida se esvai.
Outono ausente, paisagem desfalecida,
Em minha alma, só inverno que não sai.
As folhas douradas, que um dia dancei,
Já não vestem a árvore, em cor vibrante.
O vento frio, só ele encontrei,
E no silêncio, um pranto incessante.
O sol, que aquecia meu canto matinal,
Agora se esconde, em véu de sombra e dor.
O ninho desfeito, um adeus final,
A um tempo feliz, que já não tem valor.
Pequeno pardal, perdido e solitário,
Em busca de um raio, de um novo calor.
Voando sem rumo, em vôo precário,
Sonhando com a primavera, e seu amor.
Talvez um dia, a luz volte a brilhar,
E a esperança renasça, em meu pequeno ser.
E possa eu, de novo, livremente cantar,
E a alegria, em meu peito, florescer.