PARALISIA
A poltrona cansada de ficar parada,
Parece se sentir entediada,
Ela fica em pé toda teclinada,
Acho que deveria ficar sentada.
A tv que passa o dia todo assistida,
Não tem sossego nessa vida
Imagens, sons, encontros e despedida,
Presa em um quadrado sem medida.
E o aparelho com imagens que fala e ouve,
Conectado ao plano universal,
Despercebidos, somos escravos sem açoite,
Hipnotizados, pelo novo modal.
E sentados na poltrona da vida
Assistindo o tempo passar
Conectado ao retângulo mágico,
Nada nos faz acordar.
E como estalo para realidade
O ser paralisado, despertou
Mas não é pra sair do marasmo,
Foi o aparelho que descarregou.
ADAILTON LIMA
Comentários
Taí! Poema sagaz interessante! incita-nos a sairmos da letargia e despertarmos para a reflexão! Bravo, poeta!
Lorde Égamo | 23/07/2024 ás 21:30 Responder Comentários