Na secura da minha alma
guardo uma imensidão,
um rio que desagua.
Onde? Não sei.
É seca. infértil terra
das ausências,
as secas feridas.
As lágrimas que desidratam, aliviam-me.
Secam-me por dentro
como cicatriz, areia do deserto.
Expirou-me como sombra,
quanto desperdício!
Minha boca tampouco
fala, rasga-me a garganta.
Não soube sequer olhar,
perderam-se meus olhos.