Páginas amareladas
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 09 de Novembro de 2025 ás 09h 59min
Oh, letras que se vão, como brisa ao entardecer,
Em páginas amareladas, ainda há um sussurrar,
Vestígios de poesia, um eco a renascer,
Na dança dos silêncios, um verso a pulsar.
Saudade do papel que abraça a inspiração,
As rimas, entre sombras, ainda buscam a luz,
Em cada palavra apagada, uma emoção,
Gardens de frases, onde a memória reluz.
Vejo nas entrelinhas, contornos da voz,
Palavras esquecidas, mas cheias de ardor,
A tinta que se esvai, não silencia sua foz,
No coração das almas, há sempre um clamor.
Renasce na lembrança, como flores no chão,
Por mais que as letras se apaguem, há um sinal,
A poesia é um fogo, que não pede permissão,
Um canto que ressoa, um amor immortal.
Assim, mesmo em trevas, há luz a se revelar,
E mesmo que as letras se desfaçam ao vento,
As veias da poesia, nunca vão se calar,
Em cada novo dia, renasce o sentimento.