Outros Tempos

Poemas | Reginaldo Alencar
Publicado em 08 de Fevereiro de 2022 ás 16h 26min

Rapidamente voltamos a infância

Nossas memórias nos transportam

Lembramos e comparamos

Como o contexto agora é diferente

Enquanto a imaginação deveria ser a mesma

Vivemos também a infância dos filhos

 

Como mudou… quantas possibilidades

Quantos recursos incríveis

Quantos  brinquedos que jamais imaginamos

Talvez alguns imaginamos sim

Alguns casos muito mais que o necessário

 

Os jogos são fantásticos

Quantas cores, quantos personagens

Quantas "fases" para conquistar

Jogar "em grupo" com os amigos

Cada um na sua casa

Sem se aproximar, sem se olhar

 

Vejo meus filhos e fico a pensar

Quantas coisas a mais eles têm

Como nos esforçamos em dar mais

Quantas coisas nos faltavam

E ainda assim, gostaria de lhes dar

Uma infância como a minha

 

Queria lhes dar a liberdade

Um dia de brincadeira na rua

Com dez, quinze amigos

Numa rua com terra, lama

Que começasse de manhã

Pausa, almoço e de novo

 

Queria lhes dar segurança

Para como eu quando criança

Ficar do lado de fora do muro

Rindo alto, correndo, brigando

Esquecendo da briga, aproveitando

Até escurecer pra gente ficar chamando

 

Queríamos tanto, e tínhamos tudo

Tudo o que era necessário

Não, não era também perfeito

Ou era e não lembro direito

Outra infância, a nossa infância

Que o gostinho quero lhes dar

 

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