Rapidamente voltamos a infância
Nossas memórias nos transportam
Lembramos e comparamos
Como o contexto agora é diferente
Enquanto a imaginação deveria ser a mesma
Vivemos também a infância dos filhos
Como mudou… quantas possibilidades
Quantos recursos incríveis
Quantos brinquedos que jamais imaginamos
Talvez alguns imaginamos sim
Alguns casos muito mais que o necessário
Os jogos são fantásticos
Quantas cores, quantos personagens
Quantas "fases" para conquistar
Jogar "em grupo" com os amigos
Cada um na sua casa
Sem se aproximar, sem se olhar
Vejo meus filhos e fico a pensar
Quantas coisas a mais eles têm
Como nos esforçamos em dar mais
Quantas coisas nos faltavam
E ainda assim, gostaria de lhes dar
Uma infância como a minha
Queria lhes dar a liberdade
Um dia de brincadeira na rua
Com dez, quinze amigos
Numa rua com terra, lama
Que começasse de manhã
Pausa, almoço e de novo
Queria lhes dar segurança
Para como eu quando criança
Ficar do lado de fora do muro
Rindo alto, correndo, brigando
Esquecendo da briga, aproveitando
Até escurecer pra gente ficar chamando
Queríamos tanto, e tínhamos tudo
Tudo o que era necessário
Não, não era também perfeito
Ou era e não lembro direito
Outra infância, a nossa infância
Que o gostinho quero lhes dar