OUTRORA

Poemas | Rosilda Vaz de Souza
Publicado em 13 de Outubro de 2022 ás 15h 02min

Vida adversa

Tempo árido

Sequidão

Isolou-se

Internamente estava lutando

Com suas guerras, suas batalhas

Esvaiu-se de seu amor próprio

 

Estava perdida

Desolada

Encontrei-a carente

No deserto

Sem beleza, sem formosura

Despida de suas pétalas

A nudez expôs suas feridas

 

Aura sem brilho

Perdida dentro de si

Com a alma abatida

E o semblante sem riso

Delatam sua miséria

 

Dissabores assolavam seu pensar

Desencantos no olhar

Olhos ausentes

Coração vagante

Sufocada, contida

Gritos emudecidos na garganta

Pensamentos distantes

Sem horizonte

Sem destino

Cheia de vazio

Seu silêncio gritante imperava

Desprotegida

Frágil

Impotente

O nevoeiro de areia secou suas lágrimas

 

Encontrei-a

Recuso-me a voltar sem ti

Abracei-a

Sem ti, eu não volto

Cadê o seu vigor?

Resista!

Seja forte!

 

E o lume das estrelas

Dissipou o breu da noite

Juntas enxergamos oásis

E um grito de superação ecoou

De peito aberto falou

A esperança brota como flores no deserto

Cessa os prantos

Revigora os sonhos de olhos abertos

Comentários

Que interessante! Uma leitura emocionante!

Fátima Cordelista | 13/10/2022 ás 15:55 Responder Comentários

Que interessante! Uma leitura emocionante!

Fátima Cordelista | 13/10/2022 ás 15:55 Responder Comentários

Que interessante! Uma leitura emocionante!

Fátima Cordelista | 13/10/2022 ás 15:55 Responder Comentários

Um belo poema! Enfim, quando brota a esperança se faz cessar o pranto! Parabéns!

Enoque Gabriel | 13/10/2022 ás 16:08 Responder Comentários
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