Vida adversa
Tempo árido
Sequidão
Isolou-se
Internamente estava lutando
Com suas guerras, suas batalhas
Esvaiu-se de seu amor próprio
Estava perdida
Desolada
Encontrei-a carente
No deserto
Sem beleza, sem formosura
Despida de suas pétalas
A nudez expôs suas feridas
Aura sem brilho
Perdida dentro de si
Com a alma abatida
E o semblante sem riso
Delatam sua miséria
Dissabores assolavam seu pensar
Desencantos no olhar
Olhos ausentes
Coração vagante
Sufocada, contida
Gritos emudecidos na garganta
Pensamentos distantes
Sem horizonte
Sem destino
Cheia de vazio
Seu silêncio gritante imperava
Desprotegida
Frágil
Impotente
O nevoeiro de areia secou suas lágrimas
Encontrei-a
Recuso-me a voltar sem ti
Abracei-a
Sem ti, eu não volto
Cadê o seu vigor?
Resista!
Seja forte!
E o lume das estrelas
Dissipou o breu da noite
Juntas enxergamos oásis
E um grito de superação ecoou
De peito aberto falou
A esperança brota como flores no deserto
Cessa os prantos
Revigora os sonhos de olhos abertos
Comentários
Que interessante! Uma leitura emocionante!
Fátima Cordelista | 13/10/2022 ás 15:55 Responder ComentáriosQue interessante! Uma leitura emocionante!
Fátima Cordelista | 13/10/2022 ás 15:55 Responder ComentáriosQue interessante! Uma leitura emocionante!
Fátima Cordelista | 13/10/2022 ás 15:55 Responder ComentáriosUm belo poema! Enfim, quando brota a esperança se faz cessar o pranto! Parabéns!
Enoque Gabriel | 13/10/2022 ás 16:08 Responder Comentários