Os papéis velhos

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 15 de Dezembro de 2025 ás 12h 54min

Os papéis velhos, amarelados pelo tempo, 

são ecos sussurrantes de um outono dourado. 

 

Cartas desbotadas, palavras já sem voz, 

testemunhas de um amor breve, 

tão breve quanto as folhas caindo, 

tão intenso quanto o sol de fim de tarde. 

 

Um amor outonal, 

que passou lento, 

como o vento acariciando a pele, 

um toque suave que deixou marcas profundas. 

 

E formou um caminho, 

no chão da minha alma, 

um trilho sinuoso de lembranças, 

um labirinto de saudades. 

 

Um caminho que insiste em me guiar, 

inexoravelmente, 

de volta para ti. 

De volta ao outono. 

De volta ao amor.

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