OS ANIMAIS DOMÉSTICOS E SELVAGENS

Contos | Literatura JC
Publicado em 31 de Outubro de 2022 ás 10h 45min

                          
    OS ANIMAIS DOMÉSTICOS E SELVAGENS
      
          Era uma vez,  havia numa terra longínqua, onde nasce o sol, um rei chamado Chu . Era um homem muito rico, justo e piedoso  para com os homens e animais. Com a sua fortuna, alimentava os carentes era considerado como o pai de órfãos. A sua bondade também se estendia aos animais e contratava veterinários para cuidar dos animais moribundos.
          Certa manha, o rei  foi visitar a sua grande horta.  Quando lá chegou, algo lhe despertou muita atenção. Havia pegadas de animais de grande e de pequeno porte. Na noite anterior, alguém tinha invadido a horta do régulo  e roubado muita verdura. O rei ficou muito chocado e mandou reunir todos os animais  com objectivo de encontrar o culpado e aconselha-lo a não fazer o mesmo crime.
          --- Quem roubou verdura na minha horta?--- procurou saber o rei.
         Nenhum animal respondeu . Uns ficaram surpreendido com a notícia e outros  pensavam que tratava-se de uma armadilha  do rei.
         --- Quem roubou verdura na minha horta?--- voltou a perguntar o rei com o semblante mudado.
         ---  Se não denuncia-lo vou expulsa-lo dos meus termos--- ameaçou o rei.
         --- Amado rei,  certamente o culpado não se denunciará…--- disse o elefante.
        --- Através das patas o descobriremos--- sugeriu a zebra.
        ---Pelas pegadas não… ---interromperam o macaco e o coelho --- o que está perdido está perdido, as aguas pesadas não movem moinho, amado regulo não pode recuperar o perdido. o que o aconselhamos é que contrate a nos como os guardas da sua horta e temos a certeza que o(s) próximo(s) malandro(s ) não  escapará(ão). --- falaram os quadrúpedes tidos pelos animais como os prováveis responsáveis pelo roubo na horta do rei.
        Uns falavam duma e outros doutra maneira , uns se culpavam e outros se justificavam. O rei ficou tanto zangado e tomou uma decisão:
        --- A partir de hoje não quero ver nenhum animal nos meus termos e qualquer que teimar será morto pelos meus guardas. 
        A decisão foi muito drástica para todos os animais pois nenhum  deles queria viver longe da bondade do rei mas também os culpado não queriam confessar o crime apesar do rei apesar do rei não ter intenções de puni-los. Irritados face a atitude dos animais, os guarda-costas  do rei pegaram nas armas e sem o consentimento do rei os afugentaram para longe daqueles termos. Alguns animais refugiaram-se  nas savanas e florestas, outros deslocaram-se para as montanhas e vales e alguns encontraram refúgio nas aguas. 
         Muitos anos passaram , alguns adaptaram-se com muita facilidades nos habitats em que se refugiaram e outros sentiam-se ameaçados pelos outros animais. Uma parte desses  escolheram o boi como seu porta-voz e vieram pedir desculpas ao rei  e pediram-no a aceita-los de novo em habitar nos seus termos. Á estes o rei os perdoou e os acolheu de novo e deu-lhes o nome de animais domésticos e aos que não voltaram  e habitam até hoje nas savanas e florestas chamou-lhes de animais selvagens.
                                                                                                                         Literatura JC,  06.09.2009
 

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