Orvalho das manhãs

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 26 de Dezembro de 2025 ás 05h 47min

Orvalho das Manhãs 

 No campo verde, ao sol nascer, 

Um véu brilhante se pode ver, 

Orvalho manso, a terra beijar, 

Histórias antigas a murmurar. 

 

A flor se inclina, grata e feliz, 

Pois bebe a água, doce raiz, 

A aranha tece, com zelo e fé, 

Um colar de gotas, no amanhecer. 

 

O vento sopra, suave e leve, 

E espalha o brilho, quem se atreve, 

A não notar a beleza ali, 

No orvalho fresco, que faz sorrir? 

 

Mas logo o sol, com forte calor, 

Desfaz o encanto, apaga a cor, 

E o orvalho some, sem avisar, 

Deixando saudade, no ar a pairar. 

 

Porém, lembre-se bem, meu coração, 

Que após a noite, há renovação, 

E amanhã cedo, ao despertar, 

O orvalho volta, para nos amar. 

 

E assim a vida segue em canção, 

Com perdas, ganhos, em profusão, 

Mas sempre há esperança, em cada olhar, 

Como o orvalho puro, a nos guiar. 

 

No campo verde, ao sol morrer, 

A noite chega, a tudo envolver, 

E o orvalho espera, em seu lugar, 

Para no novo dia, de novo amar.

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