Olvido
Compus um soneto para meu amor
só que esqueci na gaveta
da memória encanecida.
Anos depois, vejam só,
abrindo em hora imprópria
repartições do meu ego
deparei como o poema
ainda incompleto.
Faltava a chave de ouro
quiçá de prata.
Escrevi então em alexandrino:
“Como pude, querida, esquecer de você”