OH! PAI
Oh! Pai
Quando da nossa mãe te divorciaste
A nossa alegria desceu para meia haste
Tantos eram os nossos ais.
De tanto passarmos a fome
Tornámos prematuros homens
De tanto comermos a verdura
Tornámos vegetarianos.
Como o deserto de Sahara
Assim era a nossa despensa
Duros eram os anos
Em que não fazíamos anos.
De tanto estamos angustiados
Desejávamos em ser seus enteados
Para que nos deleitássemos na sua sua fartura
E os pés lavássemos na gordura.
Oh! Pai, outrora foste bestiala
Maldita foi a tua aventurau
Que nos trouxe a secura
Que te perdoe o nosso Pai Celestial.
Literatura JC, 16.04.2021