A graça da vida está em ter algo para fazer,
Em se ocupar com algo,
Imagina que triste não ter nada para si fazer,
Que dia,
Onde a tarde fica longa,
E a noite perdura,
No labor da morte em vida,
Tédio constante,
Músicas sem sentido,
Dia aleatório,
Reclamando de não ter nada para si fazer,
O contrário também existe,
O sobrecarregado,
Que faz de tudo um pouco,
E não sabe disciplinar-se no pouco,
Pouco a cada dia,
Carrega duas, três malas cheias,
E não usa todas as peças,
No fundo descobre que faz coisas até demais,
E não se identifica,
Gasta energia e se esvaíra como um graveto ao sol,
Seca até perder a vida,
Perde o sentido,
Se perde,
Está sempre recomeçando ou fazendo pela metade.