Caminho pelas ruas da minha mente, Onde o eco dos meus passos não tem direção, O que quero, o que sou, São sombras dispersas no vazio da razão. A alma clama por algo mais, Algo que desperte o ser adormecido, Mas o medo me acorrenta, E os sonhos ficam distantes, perdidos.O desejo é chama que arde em meu peito, Mas onde está o fogo que acenda a chama? Perco-me na busca que nunca começa, Em um abismo onde o amor e o sonho se desvanecem.Sei que o que quero está diante de mim, Mas minha própria fraqueza me faz temer, O vazio me abraça e sussurra "Nunca serás o que desejas ser." E assim, vivo, entre o querer e o não fazer, Roubando a mim mesmo a chance de ser inteiro, Até que, talvez, a luz da coragem se acenda, E o vazio, enfim, deixe de ser o meu lar.