No abismo do silêncio, ecoa o remédio,
Um bálsamo sutil, de efeito sombrio,
Nas dobras do mutismo, um enigma se desvela,
Palavras não ditas, curam a ferida da janela.
Silente, o mundo se cala em reverência,
E a mente encontra na quietude a essência,
É lá que a alma se desnuda, sem véus,
E a cura se esconde, em segredos e céus.
O silêncio é a poção que nos alivia,
O eco que nos leva à própria via,
É o remédio do ser, em sua essência,
Que nos guia à profunda transcendência.
No manto do silêncio, o eu se encontra,
Em cada pausa, uma nova ponta desponta,
É no vazio sonoro que nos refazemos,
E no silêncio, todos os medos desfazemos.