O relógio mudo
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 25 de Maio de 2025 ás 06h 39min
O relógio mudo.
As árvores escondem sua infinita dor,
Ao perder tuas folhas cheias de outonos,
O vento, tranquilo, acaricia, os teus troncos,
Levando as folhas para bem longe,
O relógio mudo do mundo
Há de anunciar, com grande euforia,
As novas folhas que hão de chegar,
sobre esses galhos desnudos,
Tão tristes é sombrolentos.
As árvores choram em silêncio,
Cada gota de orvalho, que molha terra,
É uma lágrimas perdida, debaixo das folhas mortas,
Cada folha que o vento mata,
É uma dor, na alma das árvores,
Teus troncos desnudo, envergonhados, são acariciados pelo vento,
Que há de trazer novas folhas, novos tempos, de felicidades
Há estás árvores,
Que está cravadas nas veias do mundo,
Lutando para sobreviver,
Se agarrando aos últimos suspiros de vida,
Que há na terra,
São verdadeiras heroínas..
Enquanto o relógio mudo,
Anuncia, a chegada das boas vindas,
As folhas, que cobriram os teus troncos envergonhados,
Passarinhos, vem de mansinho, assentar- se sobre elas,
Numa eufórica felicidade.
Contemplando as marcas, da dor, que o tempo,
Desenhou, sobre elas.
Comentários
Muito contemplativo, este relógio mudo!
Lorde Égamo | 28/05/2025 ás 11:16 Responder Comentários