O Príncipe e o Cavaleiro
Gêmeos idênticos, com destinos diferentes, separados no nascimento,
Um criado pela nobreza e o outro bem longe sem ter conhecimento.
Naquela época a tradição era muito rígida, para gravidez dessa natureza,
Eles acreditavam que um dos bebês era a bondade e outro a malvadeza.
Então sem saber a cor da alma, o melhor era separar as crianças,
Os anciões com isso preservaram a lei e aumentavam a esperança.
A esperança de que separados não arruinassem o reino
E que a paz se fortaleceria e nunca sucumbiria ao seu pleito.
Após um ano de nascidos, por ordem do rei, foram na casa do irmão para executá-lo,
Mas foram informados que o menino faleceu de peste, ninguém conseguiu curá-lo.
Os pais de criação sabendo da intenção de dar fim nessa história
Procurou escondê-lo para que a vida de um inocente não fosse embora
E assim foi feito, um com todas as regalias e se preservando para ser monarca
O outro criado por colonos, morando num casebre sem uma vida farta.
O nobre se preparando com afinco, para um dia subir ao trono.
O pobre trabalhava na lavoura, enquanto ser cavaleiro era seu sonho.
O menino adotado, foi alertado pelos seus tutores de sua saga desde a infância
E que não poderia ser visto no reino devido sua enorme semelhança.
Pois eram univitelinos e se aparecesse logo seria percebido
Ele e o príncipe pareciam um só, eram idênticos e muito parecidos.
Mas o sonho de ser cavaleiro era real, nunca sumiu do pensamento
E treinava com afinco com outros colonos, para um dia chegar no intento.
Foi anunciado um decreto real, que novos cavaleiros seriam testados na cidade.
E o jovem camponês enfim faria provas para testar seu talento de verdade.
E escondido de todos, viajou para o reino em busca de seu possível legado
Mas não esqueceu da máscara e das vestes, para ficar disfarçado.
E os testes começaram, e o jovem humilde nas provas se destacava
Bom com a espada, com o arco e a lança e assim passou por etapas.
E com mais dezenove cavaleiros, formou a nova guarda de elite
Era pessoa de confiança, e para todos os nobres era de boa estirpe.
Via sempre seu irmão que se preparava para ser o rei do castelo
Mas um dia o príncipe curioso, queria saber daquele mistério.
Do cavaleiro mais bravo, mais habilidoso, que sempre honrava a farda
Mas que era misterioso, sombrio e que nunca tirava a máscara.
E na cerimônia da passagem do poder, o soldado foi convidado
E sentou ao lado do seu irmão nobre, que era o principal homenageado.
E no final do ritual de passagem o novo monarca, ordenou que retirasse a máscara
Relutante, o jovem combatente,
revelou seu segredo, causando furou em toda massa.
Os anciãos se entreolharam e o velho rei ficou desesperado
Os mancebos se mediam sem entender tanto descalabro.
E um tumulto se estabeleceu entre todos os convidados presentes
E um incêndio se precipitou, destruindo tudo em fogo ardente.
E após a precipitação um jovem sem vestes apareceu salvo e inteiro.
E o novo governante foi proclamado, e até hoje não se sabe se o rei é o príncipe ou cavaleiro.
ADAILTON LIMA