O pecado das palavras
Meu pecado são meus versos
Cheio de metáforas e ironias
Espalhados em poemas diversos
Com tristezas e alegrias
Não conhecia o sabor pecaminoso
Do jardim do Éden da literatura
Mordi a maçã, a pêra e achei gostoso
Mas o verdeiro fruto não estava nas alturas
Eram palavras diversas
Que formavam frases inocentes
Brincavam de ciranda sem pressa
Até a maldade ficar presente
Os poemas ficaram vigorosos
Com segredos obscuros
Subliminares, misteriosos
Derrubando tabus e muros
Eu sorria, depois de escrever
Um soneto ou qualquer texto
Imaginando alguém ler
Aquele escrito sem pretexto
Mas voltei para realidade
Onde a escrita é alicerce
É sentimento e sensibilidade
E a poesia se enaltece
Pois é ela que me move
E me afasta do cálice do pecado
Poetizarei amor e a paz que comove
E quem sabe um dia serei perdoado
ADAILTON LIMA
Comentários
Este poema é uma contrição! Excelente!
Lorde Égamo | 18/04/2025 ás 15:30 Responder Comentários