O pássaro,

Olha o pássaro no alto da montanha
Com teus olhos fechados,
Escondendo do mundo, a noite negra.
A noite, tão sombrolenta,
Que cobre as almas, adormecidas
No vazio da terra.


Olha o pássaro, dentro dos olhos dele,
Corre um rio de lágrimas,
Em que me vejo sentado há tuas margens.
Um rio que corre por entre as estrelas,
E rodeia o universo.


Nunca ousa perturbar este pássaro! Nunca!
Aí, de mim se ele abrir os teus olhos,
Ai de mim!
Deixa o lá de olhos fechados no alto
Da montanha silenciosa.
Enquanto ele dorme.
Há paz nas veias do universo.
Mas até quando? Ó Deus, até quando?
Chegará um dia em que ele abrirá os teus olhos, e derramará sobre mim, aquele rio de lágrimas que corre por dentro da alma dele. Ai meu Deus, que não seja breve! Que não seja breve!

Comentários

Quanta inspiração nesta poesia! Mui belo poema!

Enoque Gabriel Moraes | 03/04/2024 ás 11:34 Responder Comentários
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