Não me recordo visualmente de muito, boa parte dos contornos se tornaram cores dispostas em composições pouco visíveis, mas que portam grande valor artístico em sua própria jornada de resgate
Cheiros, outrora significativos, confundiram- se em meio a vários outros, mal poderia distingui-lo entre um punhado de outros aromas adocicados
A conexão mais verdadeira que tenho com aqueles tempos é uma música ou outra, das quais ainda estraio determinada nostalgia quando forço concentração
O futuro não possui contornos maleáveis ou formas tão líricas quanto o próprio passado
Pelo contrário, sua contemplação atinge o concreto em sua definição literal, sendo próprio solo que sofre o impacto de uma queda intencional, semelhante às escritas em pedra, e alheio aos quadros aquarelados
Acredito que não irei percorrer por resoluções tão simplórias para uma questão tão multifacetada e não-dual quanto o próprio existir, se fosse o caso, já houvera momentos mais importunos, prefiro escrever
Meu manifesto é, na verdade, um ódio à própria repetição, ao seu caráter sugador de todo encanto jovial que habita na ingenuidade
A essas gradações aleatórias que habitam o campo do sofrimento como bússolas influenciadas por campos magnéticos
Às madrugadas tenebrosas, onde não raramente me faltará coragem
Mas dificilmente delírio
Comentários
Uma crônica para reflexão!
ENOQUE GABRIEL | 22/04/2023 ás 11:06 Responder ComentáriosPor mais que não queiramos, o passado está sempre presente. É nossa vida, nossa vivência.Passado, presente e futuro se mesclam em nosso existir. Bela reflexão você nos provoca poeta.
Josivaldo Constantino dos Santos | 24/04/2023 ás 23:09 Responder Comentários