Numa noite sem lua, o silêncio de um quarto humilde foi quebrado pelo crepitar de uma sombra. João, um jovem de olhar inquieto, sentiu o ar gelar e uma presença se materializar. Era ele, o ser das trevas, vindo cobrar a dívida que há tempos atrás, em um momento de desespero, João havia contraído.

"Chegou a hora," sussurrou a sombra com uma voz que parecia arranhar as paredes. "Você deve cumprir a missão que lhe destinei para saldar sua dívida."

João engoliu em seco, lembrando-se do pacto feito. Em troca de sucesso e fortuna, ele prometera servir ao ser das trevas quando fosse convocado. E agora, o preço de sua ambição batia à porta.

"O que devo fazer?" perguntou João, tentando esconder o tremor em sua voz.

"A missão é simples," respondeu o ser, "mas requer coragem. Você deve recuperar um artefato antigo, perdido nas profundezas da Terra, onde nem mesmo os meus passos alcançam."

João sabia que não havia escapatória. Ele se armou de coragem e aceitou a tarefa, sabendo que cada passo naquela jornada seria um teste não só para seu corpo, mas para sua alma. A sombra desvaneceu-se, deixando para trás apenas o eco de uma risada fria e a certeza de que o verdadeiro inferno estava à sua espera.