Ó noite serena que embalas meu pranto,
acaricia meus sonhos cansados de dor,
cobre meus medos com teus mantos de prata,
e acalma a voz trêmula do amor.
Ó ventos errantes que sabem de ausências,
soprai meu nome em mares sem fim,
levai minhas ânsias aos campos distantes,
e trazei de volta quem mora em mim.
Ó estrelas mudas, guardiãs do mistério,
contai aos céus o segredo do meu querer,
cantai nos ecos da vasta esperança,
a história que o tempo esqueceu de escrever.