O nascer do poeta
Crônicas | 2025 - Fátima Cordelista e Convidados - Versejar é preciso | Manoel R. LeitePublicado em 22 de Outubro de 2025 ás 18h 31min
O mundo se move em versos, em cada movimento, em cada giro da terra a poesia se faz. As ondas do mar carregam a espuma das emoções, trazem a renovação da vida. O sal mais do temperar a vida eles aliviam a alma. O vento refresca o cansaço, mas carregam o frio e a chuva, chegam até mesmo acender o fogo e queimar as matas. Tudo é movimento, tudo é vida e tudo vira poesia.
Já parou para pensar quais elementos constituem o poeta? Seria ele feito da água, da terra, do fogo ou do ar? E, além disso como e porque surge o peta?
Conheci certa vez uma poetiza que surgiu da aridez do sertão. Com o calor escaldante do sertão fez rima fortes de aquecer o coração. Transmitir sua energia com tamanha luz que mesmo em noites frias fornecem cordéis que ligam esperança com o cotidiano.
Quando li seus versos senti a nascente de um rio, que ressurge dia após dia, e, mesmo indo sempre para o mar, nunca se perde. E, nem deixa de se renovar. Tal qual o rio a poetiza aprendeu a transpor obstáculos. Sem nunca abrir mão de seu destino.
Penso que os poetas surgem da poesia existente na natureza. Possuem em sua constituição o toque e a vivência com os seres. Carregam em seu DNA a magia da humanidade, suas experiências, suas vivências, sonhos e lições de outras vidas.
Nesse momento muitos poetas esta à germinar, e nascerão pelo sentir a natureza ou pelo encontro com as pessoas. Mas todos serão tocados pelos versos que humanizam as pessoas.