Era uma vez, numa pequena cidade litorânea, uma escola antiga com um grande pátio de pedras, onde as crianças brincavam sob a sombra de uma enorme mangueira. Entre elas, estava Lucas, um menino curioso e aventureiro, que adorava explorar cada canto da escola.

     Certo dia, enquanto procurava sua bola perdida, Lucas encontrou um estojo de madeira escondido entre as raízes da mangueira. Era um estojo antigo, com entalhes de estrelas e luas, e parecia emitir um brilho próprio. Intrigado, ele o abriu e descobriu que dentro havia apenas um lápis e um apontador.

     Lucas começou a desenhar com o lápis mágico e, para sua surpresa, tudo o que ele desenhava se tornava realidade. Primeiro, desenhou uma bola nova, que saltou do papel e começou a quicar pelo pátio. Depois, desenhou um navio pirata, que apareceu no horizonte do mar que se avistava da escola.

     A notícia do estojo encantado se espalhou rapidamente, e logo todos os alunos queriam ver a magia acontecer. Sob o olhar atento da professora Helena, que também era a diretora, as crianças usaram o lápis para desenhar brinquedos, animais e até mesmo doces.

     Mas a verdadeira magia aconteceu quando Lucas desenhou um grande relógio de sol no centro do pátio. De repente, o tempo pareceu parar, e todos os adultos da cidade voltaram a ser crianças. Professores, pais e até o prefeito se juntaram às brincadeiras no pátio da escola, relembrando a alegria da infância.

     Ao final do dia, quando o sol se pôs, o relógio de sol desapareceu, e todos voltaram ao normal, mas com um brilho diferente nos olhos. Aquele dia ficou conhecido como o dia em que o tempo parou, e o estojo de madeira foi guardado como um tesouro, lembrando a todos que a magia da infância está sempre ao alcance de um simples desenho.

     E assim, a escola antiga se tornou um lugar ainda mais especial, onde a imaginação e a alegria eram as verdadeiras lições aprendidas todos os dias.