O LAMENTO DA ONÇA PINTADA

Poemas | Edson Bento
Publicado em 16 de Janeiro de 2025 ás 15h 01min

O Lamento da Onça Pintada

 

Tenha piedade de mim,  

Eu te imploro,  

Não sintas medo assim,  

Não sou devorador.  

Ampara-me, concede-me a liberdade!  

 

No Pantanal, eu me derreto,  

Pelo calor abrasador;  

Sem forças, já não aguento,  

A morrer em desamor,  

Nas chamas da irresponsabilidade.  

 

O suor que escorre  

Pelo corpo extenuado;  

Por favor, vem me socorrer;  

Agarro-me ao teu cajado,  

Na esperança de que me leves.  

 

Sou onça pintada,  

Minha espécie em jogo está;  

Pantaneira adorada,  

Incendiada por quem não sabe amar,  

Que esqueceu sua hereditariedade.  

 

Edbento 

 

 

 

Comentários

Devo parabenizar o poeta por sua aguçada sensibilidade. Esse é o flagelo que sofre os animais pantaneiros e de todo o universo de nossa fauna, com o desatino da selvageria humana!

Lorde Égamo | 18/01/2025 ás 08:49 Responder Comentários

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