O Lamento da Onça Pintada
Tenha piedade de mim,
Eu te imploro,
Não sintas medo assim,
Não sou devorador.
Ampara-me, concede-me a liberdade!
No Pantanal, eu me derreto,
Pelo calor abrasador;
Sem forças, já não aguento,
A morrer em desamor,
Nas chamas da irresponsabilidade.
O suor que escorre
Pelo corpo extenuado;
Por favor, vem me socorrer;
Agarro-me ao teu cajado,
Na esperança de que me leves.
Sou onça pintada,
Minha espécie em jogo está;
Pantaneira adorada,
Incendiada por quem não sabe amar,
Que esqueceu sua hereditariedade.
Edbento
Comentários
Devo parabenizar o poeta por sua aguçada sensibilidade. Esse é o flagelo que sofre os animais pantaneiros e de todo o universo de nossa fauna, com o desatino da selvageria humana!
Lorde Égamo | 18/01/2025 ás 08:49 Responder Comentários