O jardim da esperança
Havia uma terra esquecida, onde os dias pareciam cinza e o vento soprava saudade. O chão, seco de sonhos, não conhecia raízes novas. Mas um dia, alguém chegou com um punhado de sementes guardadas no bolso do coração.
Com mãos trêmulas, abriu sulcos na terra dura. Não sabia se algo brotaria, mas ainda assim plantou. Regou com paciência, conversou com o solo e, mesmo quando as nuvens pesadas ameaçavam, não deixou de acreditar.
O tempo passou, e um broto tímido rompeu a terra. Pequeno, mas teimoso. A esperança vestida de verde. Veio a chuva, e o vento tentou arrancá-lo. Mas suas raízes já abraçavam o mundo.
Logo, outros brotos surgiram, pintando o campo de vida. O que antes era deserto, agora era jardim. E aquele que plantou, mesmo sem saber, já havia se tornado árvore, de sombra e frutos, abrigando outros sonhos que precisavam de solo fértil para crescer.
Porque a esperança nunca morre… ela apenas espera o momento certo para florescer.