Tive medo do seu jeito frio,
Dos olhos que não se revelam,
Do silêncio que corta,
Como um vento gelado
Em uma noite sem estrelas.
Tive medo do abismo
Que se esconde em suas palavras,
Do toque que nunca aquece,
Do coração que parece distante,
Mesmo quando está perto.
Mas nesse frio, encontrei a verdade,
A clareza da ausência de ilusões,
E compreendi que, por trás do gelo,
Há uma alma que se protege,
Temendo ser ferida novamente.
Tive medo do seu jeito frio,
Mas aprendi a ver além,
A aceitar que, às vezes,
O inverno é só um refúgio,
Esperando a primavera para florescer.