O ESSENCIAL

 

A criança recém-nascida

Que chora ao respirar pela primeira vez

Sente dor no essencial

A criança mais velha (eu mais nova)

Se machuca ao cair

Ainda não sabe usar as pernas

E a força da gravidade

Puxa seu corpo para o chão

Eu, mais velha

(ainda nova)

Ainda não abracei um corpo

Mais corpo que o meu

Nem sei se cabe

No vazio do meu coração

Espaço para o desconhecido

Mas como criança

Que vive o essencial

Sem perceber

Segurarei uma mão

Na minha mão

Porque o essencial

Deve machucar

Só na primeira vez

E depois vira tudo

Vira nada

É o essencial.

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