Vi o Dono dos Sonhos entre as flores,
tocando com os dedos a manhã,
seus passos bordavam auroras,
sua voz fazia a esperança vã.
Falei com a Rainha dos Ventos,
que em dança tecia o entardecer,
trazia nos olhos o brilho das fontes,
e nos lábios, o dom de renascer.
Sentei-me à sombra do Senhor da Poesia,
que plantava versos no olhar,
e colhia nos campos do tempo,
as sementes do verbo amar.