A terra suspira ao cair da tarde,
sente no peito o pulsar do verão,
chora orvalhos nas madrugadas,
e canta raízes no chão.
As pedras sonham caminhos distantes,
as árvores acenam para o céu,
os rios desenham cartas de espuma,
e o tempo borda o seu véu.
A montanha repousa seus cansaços,
no colo macio do amanhecer,
e a chuva, em passos tão leves,
vem devagar me adormecer.