O CÉU E A ESTRELA... A ESTRELA E O MAR... (publicado no v. 01, Antologia de Escritores Contemporâneos, 2019- Ações Literárias Editora)
Contos | Josivaldo Constantino dos SantosPublicado em 05 de Agosto de 2022 ás 19h 44min
O CÉU E A ESTRELA... A ESTRELA E O MAR...
Era uma vez um céu com muitas estrelas...
Nele havia uma CONSTELAÇÃO por quem se apaixonou, loucamente... perdidamente.
O céu que a abrigava e a amava convidou-a amorosamente para transcender com ele e misturar-se em sua imensidão.
Ela irradiava um brilho tão ofuscante que não soube controlar seus impulsos. Por esse motivo, foi transformada em ESTRELA.
Mesmo assim, seu brilho/cor causava sofrimento em quem a olhava, sob qualquer ângulo, da Terra ou do Céu...
Como castigo, suas dimensões foram alteradas e tornou-se uma ESTRELINHA.
E para tão longe foi enviada que quase não a viam da Terra. Quase sumia no céu!
O céu que a amava muito, não tinha dificuldade para vê-la, pois fazia isso com o coração, ELA, porém, era inalcançável.
Para que com seu amor não sofresse, o céu fora transformado em MAR... profundo...
De águas cálidas ...que eram a continuidade do céu para absorvê-la.
E a estrelinha foi lançada ao mar, para que de lá não mais saísse, porque perdera seu brilho de estrela,
Se apagara...
Ela, contudo, não perdera a majestade.
Ao cair no mar, transformou-se em ESTRELA DO MAR.
O MAR, terno e amoroso, a recebeu e dela cuidou para que se adaptasse ao novo habitat.
Ela, porém, pensando ter o brilho de outrora, um belo dia disse ao mar:
“Cuide para que eu não me afogue em tanta água e mantenha-as calmas e límpidas para que eu não me desvie nas ondas e venha a morrer na praia...”
Duras palavras...
Talvez.
O MAR perdeu a cor...
E entristecido, desencantou.
Do brilho...
Da cor com que a pintara...
Do amor que tinha por ela.
E a lançou na areia.
O sol matou o seu brilho,
A ressecou...
E ela morreu na praia.
E o MAR?
O MAR segue seu caminho,
Encontra-se com o céu.
Comentários
Seu conto fez-me lembrar da grande deusa da música brasileira, Dalva de Oliveira! Parabéns!
Enoque Gabriel | 05/08/2022 ás 20:41 Responder Comentários