Vivi de esperas, sonhos e brisas,
outrora a vida me era um jardim,
mas as flores que um dia foram vivas
murcharam num tempo sem fim.
Os dias arrastam-se, pálidos, frios,
sem cor, sem riso, sem ardentia,
cumpro as horas, cumpro os trilhos,
mas já não creio na poesia.
As manhãs são meras alvoradas,
as noites, sombras sem paixão,
e o coração, que outrora pulsava,
agora é músculo, não emoção.
Não espero, não temo, não sonho,
respiro apenas, sem encanto ou dor,
a vida tornou-se um véu tristonho,
um eco distante do que foi amor.
Comentários
Um belo poema! Estes versos nos induz a profundas reflexões!
Lorde Égamo | 13/03/2025 ás 12:26 Responder ComentáriosSim, Poeta. Ficamos pensativos.
Dolores Flor | 17/03/2025 ás 08:07Muito bom seu poema ?
Rose Correia | 15/03/2025 ás 13:54 Responder ComentáriosObrigada, Poetisa abraços
Dolores Flor | 17/03/2025 ás 08:06Palavras que nos fazem refletir, e, pensar como lidar com o cansaço que não é só do corpo, é da alma em busca de consolo, de apoio e vitalidade.
Manoel R. Leite | 18/03/2025 ás 10:53 Responder Comentários