O Arco-íris de D. Dirinha
Remexendo uma gaveta contendo papéis antigos, estava D. Dirinha a procurar um documento precioso, pelo menos para ela. Tratava-se de um mapa topográfico de um sítio, onde morara na infância.
Tamanha foi sua surpresa quando o encontrou. Arregalou bem seus olhos, que por sinal já eram grandes, quando leu o nome do tal sítio, pois com sua memória já meio pra lá e pra cá, nem mais lembrava que ele tinha nome. Seus olhos, grandes, como vocês já sabem, brilharam e sorriram ao ler Arco-íris no título do documento.
A partir daí foi uma mistura de sensações. Muitas lembranças de uma infância colorida e carregadinha das mais diversas aventuras permeavam a sua mente.
A mangueira, o balanço que brincava com sua irmã, as fruteiras do pomar e, claro, a casinha, na qual passava longos períodos a brincar. Suspiros felizes invadiam o seu ser.
Assim, D. Dirinha compreendeu o porquê de seu coração até hoje ser colorido. Foi no Arco-íris que conhecera as mais formidáveis cores.