O Abismo das Lágrimas
Onde a solidão vagueia,
Há lágrimas caindo,
Molhando faces sofridas.
A ausência que permeia
Duas vidas chorando
No silêncio da vida!
A saudade é um veio d’água
Que deságua gotas frias,
Rumo ao abismo vazio.
O peito sentindo um calafrio,
Despeja as suas mágoas
Nas águas turvas do rio!
A alma desiludida,
Nos redemoinhos bravios,
Com o coração a clamar:
Pudesse eu, secava as lágrimas,
Ou deixava-as naufragadas,
Presas no fundo do mar!
Assim os rios transbordam
De lágrimas gélidas,
Saudades choradas,
Solidões vividas.
Não há oceano que suporte
Tantas lágrimas caídas!
Edbento!